quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Não sei quantas almas tenho.


Oi gentes!


Blog anda meio paradão, né?   É que a vida não é só lápis papel, infelizmente... Mas vão aí dois dos últimos rostos que rabisquei.. 

E pra não dizer que sou só rostinhos bonitos no papel, vai também um poema desses que acompanham a gente a vida toda... 

"Não sei quantas almas tenho.
Cada momento mudei.
Continuamente me estranho.
Nunca me vi nem acabei.
De tanto ser, só tenho alma.
Quem tem alma não tem calma.
Quem vê é só o que vê,
Quem sente não é quem é,
Atento ao que sou e vejo,
Torno-me eles e não eu.
Cada meu sonho ou desejo
É do que nasce e não meu.
Sou minha própria paisagem;
Assisto à minha passagem,
Diverso, móbil e só,
Não sei sentir-me onde estou.
Por isso, alheio, vou lendo
Como páginas, meu ser.
O que segue não prevendo,
O que passou a esquecer.
Noto à margem do que li
O que julguei que senti.
Releio e digo: “Fui eu?”
Deus sabe, porque o escreveu."
Pessoa.

See you soon!!

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